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quinta-feira, 28 de julho de 2011

é por aí...



Essa visão da literatura como um objeto estético que poderia nos tornar “pessoas melhores” se vincula a uma certa ideia de sujeito, o qual os teóricos passaram a chamar de “sujeito liberal", o individuo definido não por uma situação social e interesses mas por uma subjetividade individual (racionalidade e moralidade)  concebida como essencialmente livre de determinações sociais.  [...] A literatura faz isso -  afirma o argumento -, encorajando considerações de complexidades sem uma corrida ao julgamento, envolvendo a mente em questões éticas, induzindo os leitores a examinar a conduta (inclusive a sua própria) como o faria um forasteiro ou um leitor de romances. Promove o caráter desinteressado, ensina a sensibilidade e as descriminações sutis, produz identificações com homens e mulheres de outras condições, promovendo dessa maneira o sentimento de camaradagem. Culler, Teoria da literatura: uma introdução, p. 44)

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